Nadar contra a correnteza do caos
Estamos em tempos em que comportamentos, ideias e atitudes que antes eram considerados inaceitáveis se tornaram atos celebrados. Mas será que devemos aceitar tudo o que o mundo normaliza? Como se manter e sobreviver no que é virtuoso e verdadeiro em meio ao caos?
O que é “Anormal” sendo normalizado?
Na última conferência de abril de 2025, o amado Presidente Russell M. Nelson declarou com poder:
“Irmãos e irmãs, à medida que o mundo se torna mais iníquo, precisamos nos tornar cada vez mais puros. Nossos pensamentos, palavras e ações precisam ser invariavelmente virtuosos e cheios do puro amor de Jesus Cristo por todos os homens. A grande oportunidade que temos diante de nós é de nos tornarmos quem Deus precisa que sejamos.” (Confiança na presença de Deus, abril de 2025)
Essa é a verdade. O mundo se torna cada vez mais conturbado e tomado pela tristeza. Vemos o que antes era anormal se tornar comum em várias esferas.
Na política, por exemplo, governos que deveriam servir ao povo usam o poder em benefício próprio, alimentando a corrupção e promovendo golpes. Nas redes sociais, pessoas de má índole ganham espaço humilhando, ofendendo e espalhando ódio, enquanto valores essenciais, como integridade, mérito e, acima de tudo, o amor, são banalizados.
Em Gênesis 6:6, lemos que o Pai Celestial se entristeceu profundamente ao ver que os seres humanos haviam se entregado ao pecado. Seu coração se encheu de dor ao testemunhar Seus filhos cederem ao influxo do maligno e aos desejos da carne.
Entretanto, hoje, mesmo com muito mais conhecimento e acesso à verdade, muitas pessoas continuam banalizando o mal. Vulgarizam acidentes, casos sérios, palavras e pensamentos, além de tornam o errado algo comum, quase aceitável.

Nadar contra a corrente
Diante desse cenário, somos convidados a fazer o oposto do que o mundo espera. Ao invés de nos conformarmos, devemos resistir. Viver com pureza hoje é como nadar contra uma correnteza forte, exige coragem, intenção e fé constantes.
Assim, não é fácil manter-se firme quando tantos escolhem o caminho mais simples, mas é exatamente aí que nossa luz faz a diferença. Afinal, ser discípulo de Cristo nunca significou seguir a maioria, mas seguir o caminho mais elevado, mesmo que ele pareça solitário.
Se pararmos para refletir, sempre fomos diferentes. Viver segundo a natureza divina faz parte de nossa essência desde a criação. Como tudo, fomos feitos do nada, mas Deus, com Seu poder infinito, nos moldou e nos deu um valor incomensurável. E assim, Ele nos concedeu o dom da eternidade, tornando-nos especiais, apesar de virmos do pó.
No entanto, essa origem humilde não limita nosso destino, e não nos faz ter que aceitar todas as coisas que nos são impostas pela sociedade, porque essa não é nossa origem real. Se escolhermos viver de maneira diferente, mais alinhados com nossa verdadeira natureza divina, podemos alcançar algo muito maior do que o pó, algo eterno e glorioso.

A grande oportunidade: sermos quem Deus precisa que sejamos
A grande oportunidade diante de nós é sermos exatamente quem Deus precisa que sejamos: pessoas que não apenas tentam resistir ao mal, mas que ativamente brilham a luz do bem para que as trevas se afastem.
Isso não acontece de maneira automática, e há diferença. Exige coragem para agir com retidão, fé para confiar no plano divino e esforço diário para refletir o caráter de Cristo. Sem essa parte, é impossível resistir ao mal.
São nas pequenas atitudes do cotidiano que podemos fazer a diferença: ao ser amável com os outros, ao praticar a integridade mesmo quando ninguém está observando, ao escolher palavras de amor e incentivo em vez de críticas.
Ser um verdadeiro praticante da palavra, não só ouvinte. Essas ações podem parecer simples, mas são poderosas, pois carregam em si a essência da bondade divina, capaz de transformar corações e iluminar os caminhos de todos ao nosso redor.
E a melhor parte? Podemos sempre voltar ao Pai Celeste se errarmos. Contudo, o que é ruim é não se arrepender. A sensação de não estar digno, ou limpo para falar com Deus é uma completa ilusão daquele que quer nosso mal.
Sobre tudo, aqueles que não se arrependem podem entrar em um ciclo de depreciação e tristeza, ou de orgulho, quando, na realidade, eles poderiam se sentir leves e bem novamente se apenas orassem. Orar é a chave, e ela não é tirada de ninguém.

O mundo muda, nossa essência não
Deus não espera que sejamos perfeitos de imediato, mas espera que sejamos fiéis e dispostos. Ele conta conosco para sermos Suas mãos no mundo, levando consolo aos que sofrem, coragem aos que temem e esperança aos que desistiram.
Portanto, mesmo que sejamos um desses, Ele vai prover um meio de cuidar de nós, ativando nossa ação com fé e sua Divina Mão em todas as coisas e tempos. Cada ato de bondade, cada escolha por aquilo que é certo, mesmo quando difícil, nos aproxima do propósito divino.
Ser quem Deus precisa que sejamos significa olhar além de nós mesmos, pensando celestial sobre as pessoas como Ele as vê: com amor, paciência e misericórdia. E ao fazermos isso, nosso próprio coração se transforma. Aos poucos, deixamos de apenas sobreviver neste mundo confuso e passamos a viver com propósito, com luz e com direção.

Somo quem Deus precisa quando somos firmes no que é eterno
Conforme o mundo tenta normalizar o que é errado, nosso chamado é permanecer firmes no que é eterno e real. Não precisamos e não devemos aceitar a escuridão como parte natural da vida, principalmente quando isso nos afeta diretamente.
Fomos criados para algo maior, e dentro de nós há uma centelha divina que nos lembra de quem somos e para onde podemos voltar.
Por fim, quando escolhemos viver com pureza, integridade e amor, estamos respondendo ao convite de Deus para sermos mais do que o mundo espera: estamos escolhendo ser luz, consolo, transformação. Que nunca deixemos o anormal se tornar normal em nosso coração e mente. Que sejamos, hoje e sempre, quem Deus precisa que sejamos.
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